Esse tal de contemporaneo
10-01-2012 08:19
"A QUEBRA DO BALLET CLÁSSICO"
A dança contemporânea é um conjunto de sistemas e métodos desenvolvidos a partir da dança moderna e pós-moderna. É muito mais que uma técnica específica, mais até que os outros tipos reafirmam a especificidade da arte da dança.
Dança contemporânea não é teatro, nem cinema e muito menos literatura, não precisa de mensagem, de histórias e nem de uma trilha sonora completa. O corpo em movimento estabelece sua própria dramaturgia, musicalidade e história, criando outro tipo de vocabulário e sintaxe.
Para a ciência o pensamento se faz no corpo e o corpo que dança se faz pensamento, ou seja, completam-se, isso se evidencia nesse estilo de dança. Ela não se define em técnicas ou movimentos específicos, pois o bailarino tem autonomia para construir suas próprias particularidades coreográficas.
A liberdade trazida pela perspectiva não significa que ela ignora as idéias fortes e a inventividade das grandes obras de qualquer forma artística, nem mesmo um domínio técnico. O corpo na dança contemporânea é constituído na maioria das vezes a partir de técnicas somáticas, assim trazem o trabalho da conscientização corporal e do movimento.
Num mundo em constante mudança, onde se tem diariamente tantas conquistas e descobertas sobre nós, ficar tratando a dança como apenas uma repetição mecânica de passos bem executados é reduzi-la a algo menor, ou seja, assim como as pessoas mudam durante o tempo, a dança também muda. Portanto, o ser humano pode usufruir mais de suas habilidades criativas e ir bem mais longe. Esta é a proposta da dança contemporânea, na medida em que dá mais liberdade ao bailarino, o incentiva a ir além dos seus limites e a cada dia evoluir junto com a dança. |
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_____________________________________________________________________________________ Tudo é questão de consciência corporal
O que não é uma regra. Mas de fato, as coreografias tendem a mostrar de forma mais ampla a relação do corpo com o espaço, aproveitando as diversas possibilidades dessa interação. E, para fazer isso com consciência, gerando movimentos harmônicos, expressivos, cheios de intenção e, ainda, sem se machucar, é preciso conhecer nossos apoios, alavancas e, sim, ter força muscular. Mas não a força vinda da repetição mecânica de exercícios, como na musculação, e sim a que surge de movimentos conscientes.
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Se nosso corpo se constitui de vários pedaços, o movimento nos possibilita juntar as peças e criar unidade. (Ivaldo Bertazzo, criador do método de educação do movimento)
É necessário a transgressão das regras. É preciso transgredi-las e delas se afastar constantemente, opondo-se sempre que deixarem de seguir exatamente os movimentos da alma, que não se limitam necessariamente a um número determinado de gestos. Deixar o corpo fluir sem limites de acordo com os movimentos, não apenas executá-los e sim senti-los. (Jean-George Noverre, um dos pioneiros da dança contemporanea)
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Fontes https://www.escolabolshoi.com.br/blog/?p=2064 https://boaforma.abril.com.br/fitness/body-mind/danca-contemporanea-501163.shtml?pagina=2 |